(Ângela Bezerra de Castro)
“Perguntou a flor: o aroma
acaso me sobreviverá?
Perguntou a lua: alguma
luz guardo depois de morrer?
Mas o homem disse: por que acabo
e fica entre vós o meu canto?"
"Esta Meditação ante um poema antigo (*) demarca, para a natureza humana, o lugar soberano que ela ocupa no universo. A imensidão, o mais intenso esplendor, nada se sobrepõe, nada se compara ao milagre da consciência; à dignidade de pensar; à transcendência do espírito; à consciência moral que escolhe como ponto de referência a infinitude do céu estrelado; à arquitetura da linguagem que estrutura o significado e a permanência do Ser.”
“Há muito se coloca a impossibilidade do limite entre a realidade e a ficção, sob a forma do questionamento repetido: se é a vida que imita a arte ou a arte que imita a vida. Constatando-se muitas vezes que a realidade vivida se apresenta bem mais fantástica e surpreendente do que a imaginação.
“No desafio contra o tempo, o limite biológico impõe ao homem a condição de perdedor. Impossível alterar o ciclo estabelecido: nascer, crescer, envelhecer e morrer na certeza da expressão poética que sintetiza, pelo estranhamento da metáfora, essa tragicidade de existir para a morte.”
“O Epitácio Pessoa que está na avenida, no pedestal, no monumento, na escola, no Palácio da Justiça, na Assembleia Legislativa, na memória culta e no imaginário popular, ressurge pelas suas palavras, cada vez mais digno da homenagem infinita.”
(Excertos literários de autoria de Ângela Bezerra de Castro)
(*) Pablo Antonio Cuadra, poeta e ensaísta nicaraguense (1912 - 2002)
"Esta Meditação ante um poema antigo (*) demarca, para a natureza humana, o lugar soberano que ela ocupa no universo. A imensidão, o mais intenso esplendor, nada se sobrepõe, nada se compara ao milagre da consciência; à dignidade de pensar; à transcendência do espírito; à consciência moral que escolhe como ponto de referência a infinitude do céu estrelado; à arquitetura da linguagem que estrutura o significado e a permanência do Ser.”
“Há muito se coloca a impossibilidade do limite entre a realidade e a ficção, sob a forma do questionamento repetido: se é a vida que imita a arte ou a arte que imita a vida. Constatando-se muitas vezes que a realidade vivida se apresenta bem mais fantástica e surpreendente do que a imaginação.
“No desafio contra o tempo, o limite biológico impõe ao homem a condição de perdedor. Impossível alterar o ciclo estabelecido: nascer, crescer, envelhecer e morrer na certeza da expressão poética que sintetiza, pelo estranhamento da metáfora, essa tragicidade de existir para a morte.”
“O Epitácio Pessoa que está na avenida, no pedestal, no monumento, na escola, no Palácio da Justiça, na Assembleia Legislativa, na memória culta e no imaginário popular, ressurge pelas suas palavras, cada vez mais digno da homenagem infinita.”
(Excertos literários de autoria de Ângela Bezerra de Castro)
(*) Pablo Antonio Cuadra, poeta e ensaísta nicaraguense (1912 - 2002)