Gosto da presença do vento, que se, às vezes, se transforma num furacão, vez por outra vira brisa suave, que mexe com as plantas, as flores.
Viva o vento, que alegra a vida da gente. Antigamente, ele levantava as saias das mulheres, que horror! Mas, hoje, as mulheres, em sua maioria, se vestem de calça-jeans, muitas delas esfiapadas e até rasgadas. E viva a moda do feio.
E fico a pensar... que seria dos grandes descobridores, de Cristóvão Colombo a Américo Vespúcio, se não fosse o vento, o vento que empurrou suas precárias embarcações oceano a fora em busca de novas terras, façanha muito mais notável do que a das naves espaciais?
Agosto vai chegando, e como gosto dele! Não é mês de desgosto, como se diz. É ele quem dá um basta à chuva, que espalha as sementes, que diminui o frio, que canta aos nossos ouvidos, dizendo que tudo passa na vida. Nada se eterniza.
Faz gosto olhar o mar e ver o vento empurrando as ondas, que se desmancham em espumas. Espumas que são o sorriso do mar.
O vento é alegre como um sorriso. Que seria da vida se as pessoas não sorrissem? Eu tenho muita pena dos carrancudos. O sorriso é uma benção. Bem aventurados os que sorriem. Se duvida da beleza de um sorriso, vá ao espelho, logo que acordar, e se olhe no espelho. Faça primeiramente uma careta zangada, ou um feche a cara, e depois sorria... Que diferença!
Dizem que Jesus não sorria. Engano. Será que quando ele convidou as criancinhas foi de cara amarrada ou séria? E quando nos fez aquele poético convite do “olhai os lírios do campo” não foi com um meigo sorriso? E depois nem sempre a gente sorri pela boca, ou pelos dentes. A gente também sorri pelos olhos. O sorriso renova a pessoa, suaviza as rugas.
E antes de sair da crônica e desligar o computador, agora olho o céu azul que se despede de Julho, inteiramente limpo de nuvens.
O vento! Como gosto dele! Que tristeza deveriam provocar as calmarias em pleno mar, com a ausência completa do vento. Que desespero para os navegantes de outrora...
Fiquemos por aqui. Um brinde ao vento e ao sorriso, que tanto alegram a nossa vida.