Liberdade embora tardia, como estava escrito na bandeira da Inconfidência Mineira! A verdade é que todo processo evolutivo da Humanidade é no sentido vertical. Está aí a própria Natureza nos ensinando que não é para baixo que caminha a vida, e sim para cima. As plantas crescem em busca do sol, isto é, da luz, que é símbolo de liberdade.
Acontece que, por uma questão se sintonia, há os que se sentem bem na escuridão. Vejam o exemplo dos morcegos. Há muitos animais que se afinam com a lama, como é o caso dos porcos. Alguns pássaros beijam as flores, já os urubus adoram a carniça. É a dialética da vida. Tudo é uma questão de afinidades.
Lamentável é aquele que despreza a liberdade. E eu fico me lembrando do grande Montaigne, cujo sentimento de liberdade lhe era tão arraigado a ponto de escrever: “Sou tão aferrado à liberdade que se me proibisse acesso a qualquer recanto das Índias já isso bastaria para que vivesse até certo ponto descontente”.
Já o irônico Voltaire disse, numa discussão, que, embora discordando de seu adversário, defenderia até a morte o direito dele de expor o seu ponto de vista.
Ah, liberdade!... Quanto me alegrou a fisionomia risonha das pessoas em Moscou e em Leningrado, quando lá estive, logo depois que seu povo recuperou a liberdade. Todo mundo alegre, livre da Cortina de Ferro, livre da ditadura...