Hélio é o que pode-se chamar de um verdadeiro homem de jornal. Bom na reportagem, excelente no comentário político e arguto analista dos fatos, ninguém melhor do que Hélio para escrever um belo editorial, coisa que, como jornalista, nunca fui capaz de fazer.
Filho de Alagoa Grande, ele nasceu para escrever. Esta sua maior aptidão. Escreve com uma facilidade admirável, num estilo simples e objetivo. Seu pai, Heretiano Zenaide, foi pioneiro da ecologia em nossa terra. Escreveu vários livros cujo tema predileto era a Natureza. Livros que mereciam ser reeditados em face de seu valor didático. Portanto, esse gosto de Hélio pelas letras veio de seu pai.
De religião, o nosso jornalista sempre manteve distância. Seu temperamento cético estava mais preocupado com as coisas cá de baixo. Mas um dia – aí é que começa a sua outra história – Hélio, pela mão de sua filha Valéria, termina dentro de uma sala mediúnica do Centro Espírita Leopoldo Cirne, onde se comunica com os espíritos e se surpreende com o que o que viu e ouviu.
Convenceu-se da proposta espírita, tornando-se um convicto profitente. Daí em diante, não quis mais escrever sobre outra coisa. A Doutrina o fascinou. No tradicional jornal A União manteve, por muito tempo, uma coluna diária, abordando temas sobre mediunidade, reencarnação, e moral evangélica.
Por motivo de saúde, com problema de visão, ele hoje quase que não sai de casa, ao lado dos livros, da esposa, dos filhos e dos netinhos. Assim mesmo, continua lendo com o apoio de uma lupa.
Sempre tive muita alegria em ouvir Hélio Zenaide proferindo palestras no Centro Espírita sore Leopoldo Cirne, falando em alto e bom som, segurando a lupa e numa voz bem postada
Hélio é um homem em paz de consciência, feliz com a sua família, feliz com a religião que é hoje sua maior motivação na vida. Sua vida é uma grande lição. Lição de coragem e fé. Modéstia à parte, ele é um grande mestre.