E is que encontro com alguém que me sugere: “Carlos, escreva sobre as vaquejadas, aquilo é um absurdo!”. E eu digo para mim mesmo, quem sou ...

Vaquejada

Eis que encontro com alguém que me sugere: “Carlos, escreva sobre as vaquejadas, aquilo é um absurdo!”. E eu digo para mim mesmo, quem sou para acabar com uma tradição que nem a ONU acaba? Mas, pensando bem, a estúpida vaquejada está exigindo extinção. E agora, com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que reiterou a prática como crime de maus tratos, conforme está na Constituição, essa lamentável prática está com os dias contados. E lembrar que até as crianças as assistem...

Um planeta, que já mandou um homem à lua, ainda admitir a malvadeza púbica com animais, por pura diversão, é uma estupidez. É uma barbaridade.

E agora me vem uma interrogação: será que as crianças assistem mesmo às vaquejadas? Será que não é proibido para menores?

Só vi uma vaquejada uma vez na vida, e foi um espetáculo que muito me constrangeu.

Mas, mesmo com a decisão do Supremo, ainda querem continuar com a barbaridade, e o silêncio continua. A ganância perdura. A ONU tem outros assuntos mais importantes para resolver.

Vaquejada, crueldade absurda com animais tão pacatos, puxados com toda violência, pela cauda, para o chão, provocando-lhes quedas violentas, sujeitando-os a fraturas e muito sofrimento. E o diabo é que há quem goste de assistir a tais espetáculos, e que fazem até apostas. Gente que ganha dinheiro, que dá gargalhadas com a queda do animal.

Vaquejada! Acabemos com isso, de uma vez por todas. Com esse barbarismo. A vida merece respeito. Que venha a ONU, que venha o Papa. Acho que vou mandar esta crônica para o Papa.

Abaixo a vaquejada! Os tempos são outros. E não venham justificar dizendo que é uma tradição. Escravizar negros também já foi uma tradição. Canibalismo também já foi um costume, uma tradição.

Respeito, minha gente. Respeito para tudo que tem vida. Respeito para com as árvores, respeito para com os animais.

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