Chama-me a atenção, por exemplo, o admirável trabalho do pessoal de bordo, sempre gentil, servindo às pessoas. Um tratamento de primeira. Não lhe faltam um bonito sorriso e as boas maneiras.
Vez por outra costumo ficar na janelinha, apreciando o avião atropelar as nuvens. Quando não, avistar uma cidadezinha lá embaixo.
Na viagem de avião, também costumo, às vezes, pensar no homem que nos dirige, com sua elegante farda. Comandante, piloto de avião... eis uma profissão que invejo e admiro. A visão do comandante nos dá coragem. Olho-o com respeito. Também gosto de observar as pessoas cochilando.
E a chegada da refeição é um reboliço. Tudo muito estreito, muito apertado, e as aeromoças fazendo de tudo para poder bem servir. Todavia, o negócio é se adaptar às circunstâncias.
E agora, o que é está acontecendo com o avião? Informam que já estamos descendo. Que bom! Por fim, uma descida muito bem executada pelo Comandante, que deve soltar um suspiro quando tudo corre bem.
Dizem que os momentos mais perigosos de uma viagem de avião são a decolagem e a aterrissagem. Pois é na decolagem que os motores do avião usam toda a sua força. E a aterrissagem exige muita habilidade do piloto. Tanto é assim, que, muitas vezes, vemos os passageiros aplaudirem os pousos bem feitos. E a gente fica sem saber se foi de entusiasmo, pela habilidade do comandante, ou de alívio porque chegaram ao solo.
Lembrar que tem gente que morre de medo de viajar de avião. O arquiteto Niemeyer era um. Eu adoro viajar de avião. Ler, descansar, observar, refletir, tudo é bom dentro de um avião, menos os toaletes e a comida.