E Pelé não foi genial apenas com os pés, mas sobretudo com a cabeça. Inteligência não lhe faltou. Outra coisa: o caráter.
Sim, Pelé é antes de tudo um homem de caráter. E o que mais me surpreendeu, é que o Rei da Pelota – e nisso ele foi muito bom - não se meteu em política, nem em politicagem. Se não me engano, tratou de beneficiar instituições de caridade.
Sua aparição na TV agradava. Ou melhor: impunha respeito. Daí eu estar estranhando o seu silêncio. Não quis nada com a política. Nem mesmo com o futebol. Nada de ser técnico, o que daria certo. Pelé voltou-se aos negócios particulares.
Pelé vereador, deputado, senador. Nada disso Pelé quis ser. Nem entrar para o PT. Não se contaminou com o vírus da política.
Seus pés fizeram milagres. Suas cabeçadas também. E o que eu mais admiro nele, repito, é o caráter, o bom senso. E se quisesse, teria sido, com a maior facilidade, senador, pois é homem de bem a toda prova, que sempre inspirou respeito.
Pelé! Onde anda ele? Não o jogador, mundialmente admirado, mas o homem de bom senso, respeitado por todos.
Seria ele um dos Varões de Plutarco? Evidente que sim. O filósofo Diógenes, que vivia com sua lanterna à procura de um homem honesto, não demoraria muito a achar Pelé.
Pelé! Mas está na hora de tomar o meu café, que o dia está uma beleza com o sol brilhando lá fora.