A oração ensinada por Jesus começa se dirigindo a Deus, o nosso Pai, e rogando que seu reino venha até nós. Mais ainda, que o pão nosso de cada dia nos seja dado.
Agora estou me lembrando de minha irmã Ivone, que, ao ouvir falar em pão, durante o Pai Nosso, dizia para nossa mãe que estava com fome, que queria pão. Resultado, minha mãe passou a omitir a palavra pão da oração.
A oração chama Deus de pai e nada de estar usando a palavra Deus em vão, assim: “Segura na mão de Deus”, “Vá com Deus”, a todo instante, como se Deus fosse um táxi...
Pede, ainda, a oração que estejamos livres da tentação. E as tentações são muitas, senão vejamos: tentação do dinheiro, do poder, do sexo, da vaidade, lembrando que toda tentação é um teste.
Pede a oração do Pai Nosso que estejamos vigilantes quanto aos nossos atos, aos nossos pensamentos. A vigilância, portanto, é o grande remédio para a tentação. Vigilância e oração. Eis a fórmula.
Lembrar que quem ora o Pai Nosso, a certa altura, pede para ser perdoado pelas ofensas ao próximo, mas, na mesma medida em que perdoar os outros. Será que estamos perdoando aos que nos ofendem? É a vez de lembrar da recomendação: “Faça aos outros o que deseja que os outros lhe façam”.
Perdoar uma ofensa... Eis uma das coisas mais difíceis do mundo. O perdão é divino. A vingança é diabólica. Perdoar e esquecer. Errado quem diz: perdôo mas não esqueço. Mas, só perdoando é que encontraremos paz e amor. Haverá coisa melhor na vida?
Perguntaram a Gandhi, se ele perdoava e a resposta veio rápida: “Não perdoo, por que nunca me sinto ofendido”.
Lembremos que Jesus, um ser tão puro, nunca deixou de erguer o seu bonito olhar para cima e conversar com o Pai. E sua maior lição foi o grande perdão, diante da multidão que o crucificou: “Pai, perdoa-os por que eles não sabem o que fazem”...