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Metaforizando as curas de Jesus

Desculpe-me o truísmo, mas deixe-me metaforizar as curas de Jesus, cujo Natal o mundo que o crucificou está comemorando, com muita festa, muita comida, muito barulho. E a gente fica sem saber se o Natal é de Jesus ou de Papai Noel... É só indagar a uma criança: “Você deseja receber a visita de Papai Noel ou de Jesus?”

Continuemos. Eis um novo truísmo: Jesus foi, antes de tudo, um grande médico e dizia para todo mundo ouvir: “Os sãos não precisam de médicos”.

A verdade é que suas mãos curaram muita gente. Limparam leprosos, deram vista aos cegos, movimentaram paralíticos, e fizeram façanhas admiráveis: aplacaram tempestades, emudeceram trovões. As mãos que os homens pregaram numa cruz! Só aí é que suas mãos não puderam curar.

E que dizer das curas de Jesus? Sim, ele limpou leprosos, mas, muita gente, ainda hoje, está suja da lepra do egoísmo, do ódio, do orgulho. Ele também movimentou paralíticos, mas não falta quem esteja paralisado pela ociosidade, pela indolência, pela preguiça. Ele devolveu a visão aos cegos, todavia, outra maneira de cegueira continuou, pois, como diz o ditado, “o pior cego é aquele que não quer ver”. Que nega a verdade. Quer ver um exemplo? O médium Chico Xavier, de cultura primária, quase cego e ainda mais tapando os olhos com a mão, psicografou numerosas obras. Obras de caráter religioso, filosófico e cientifico. Sem computador, apenas com um lápis. Como é possível isto? E a cegueira de muitos continua negando a mediunidade...

Um fato curioso, é que, quase sempre, quando Jesus curava, dizia ao curado: “Tua fé te curou”. Viva o remédio da fé. E ele dizia mais. Dizia que bastava uma fé do tamanho de um grão de mostarda para mover uma montanha. Conclusão: Jesus precisava da fé do curado para curar. E há tanta gente sem fé por aí, cuja fé está apenas na boca, e não no coração.

Lembremos que Jesus não veio apenas curar, mas ensinar o caminho da verdade que liberta. E deu-nos uma receita maravilhosa: “Orai e vigiai para não entrardes em tentação”.

E viva a vigilância de nossos atos, dos nossos pensamentos, pois as tentações são muitas. Tentação do sexo, do dinheiro, do poder.

Mas além de médico, Jesus foi um extraordinário professor. E ensinando, contava histórias lindas chamadas parábolas. Vez por outra, estava testando os seus alunos, os apóstolos.

Certa manhã, entendeu de dar um passeio sobre o mar. Pedro, quando o viu, não quis acreditar. E Jesus, certamente, sorrindo, convidou: “Vem Pedro”. E o apóstolo chegou a pisar na água. Mas, bastou dar alguns passos, quando veio o medo de afundar. Aí Jesus o amparou, exclamando: “Ah, homem de pouca fé!...

Fé, eis o grande remédio contra a doença do medo. Quem tem fé, persevera, quem tem fé não desiste. E o mestre dos mestres ainda ensinou: “pedi e obtereis, buscai e achareis, batei e se abrir-vos-á”.

Amanhã, estaremos comemorando o seu nascimento. Nascimento não num palácio, mas numa humilde manjedoura, ao lado de animais domésticos. E pensar que as mãos daquele menino haveriam, mais adiante, de realizar grandes curas. As mesmas mãos que os homens pregariam, depois, impiedosamente, numa cruz.

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