E por incrível que pareça, Jesus curou cegos, limpando-lhes os olhos com cuspo. Aliás, faz muito tempo, ouvi dizer que um farmacêutico, lá de Bananeiras, restabeleceu a vista de muita gente, com cuspo.
Mas houve cego chamado Bartimeu que, mal sentiu Jesus se aproximar, e foi logo gritando. Muita gente procurou calá-lo, mas aí era que ele gritava. E Jesus para ter a certeza de sua fé, perguntou-lhe: “O que é que queres que te faça.? Bartimeu só fez gritar: “Que eu veja”.
Compadecido, disse Jesus: “Vai, a tua fé te salvou”. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.
Mas devemos lembrar que a nossa vida é um ato de fé. Estamos sempre contando com o amanhã. Estamos sempre dizendo: Até logo, até amanhã...
Dizem que o futuro a Deus pertence, sim, pois é esse futuro que está sempre presente na nossa existência.
O cego Bartimeu deu uma grande prova de sua fé. Mal sentiu a presença luminosa de Jesus, entusiasmou-se e correu para ele, certo de que seria curado.
Jesus produziu fenômenos admiráveis. Mesmo assim não acreditaram na sua missão divina. E a cruz foi o que souberam lhe dar.
Quantas curas, quanta desobsessão, quantos fenômenos, comunicação mediúnica: Passear sobre as ondas, multiplicar pães e peixes, transformar água em vinho, transfigurar-se e conversar com os ditos mortos.
Só um milagre ele não fez. E não fez porque não quis: sair daquela cruz. Sua missão teria de ser cumprida. Sua lição teria de ser dada,
Foi crucificado entre dois ladrões. O mau e o bom. Só o bom estaria no paraíso, o paraíso da consciência tranquila.