Disse bem, anjo. Excelente pai de família, não menos excelente esposo, o meu amigo Onildo, magistrado íntegro, foi um homem que só teve um defeito: Não tinha defeito.
Fui promotor de Areia e ele juiz de Alagoa Grande. A gente se dava muito bem. Onildo teve uma esposa dedicadíssima, a Terezinha, que o compreendeu como ninguém, Foi mãe, esposa e filha do nosso jamais esquecido Onildo. Sei que ele está muito mais vivo do que era.
Voltando à queda do livro, será que o meu grande amigo e mestre quis me visitar?... Estou com a pulga atrás da orelha. Meu pai, espírita até os ossos, dizia que quando uma pessoa fica pensando muito em outra é porque deseja sintonizar com ela.
Retornando a Onildo, nunca o vi zangado. Que me diz Terezinha? E depois que ele se aposentou, deu para escrever livros, que valem por excelentes documentários da vida.
No plano que estou, nada posso fazer para o meu excelente e incomparável, a não ser enviar-lhe as boas vibrações de uma oração.
Nunca indaguei sobre a religião de Onildo. Só sei que a verdadeira religião é a conduta da pessoa. Um ateu caridoso é melhor do que um religioso hipócrita.
Terezinha, esta crônica não é para você chorar, mas para dar aquelas belas risadas. Nunca mais esqueci daquela visita que fiz em sua casa. Uma visita terapêutica. E a presença de Onildo iluminava o ambiente...
E novamente a interrogação: Será que foi o espírito do meu amigo que esteve na minha biblioteca? Que ele repita a visita.