É a vida que não pára, vida que adora mudanças. E viva a dança da mudança. Já pensou se nada mudasse? E quer saber de uma coisa? Vivemos de...

E tudo ficou pra trás

É a vida que não pára, vida que adora mudanças. E viva a dança da mudança. Já pensou se nada mudasse? E quer saber de uma coisa? Vivemos de mudanças. A grande estratégia, no entanto, é se adaptar a elas. Eis-me, aqui, pronto para enfrentar mais um ano. Ah o futuro, esta grande incógnita..., ou melhor, esta grande interrogação. A gente vive sem saber o que vai nos acontecer. Já se disse que o futuro a Deus pertence.

Aqui para nós, eu não desejo saber do futuro. Que ele continue sendo uma grande incógnita, uma grande surpresa. E viva o passado. Vez por outra, estou em busca dele, pois, recordar é uma maravilha.

Mas a verdade é que tudo passa e tudo voltará. Viva a esperança que, parodiando o ditado, é única que não morre.

Na noite de Ano Novo, muita festa, muito barulho, muitos fogos no céu, muitos pipocos, muito álcool na cuca, muita comida no bucho, muita distração, e nada de reflexão. Talvez poucos refletiram durante os momentos de silêncio. Por outro lado, não devemos esquecer de que viver é conviver. Temos que compreender e respeitar as diferenças. Há quem adore a cachaça entrando pela goela, ou chupar fumaça soltando pelas narinas.

Nossa passagem de ano foi uma delícia, numa pousada, bucolicamente chamada “Pousada das Conchas”, à beira-mar de Tabatinga. Tudo “arquitetado” pelo nosso Germano, só podia dar certo. Só não houve barulho, ainda bem. Não houve barulho, mas houve marulho. Levaram-me para dentro d'água, lutei contra as ondas, e o mar estava uma beleza.

Mas, tudo passa, e o bom mesmo é viver. Mais do que viver, conviver, mais do que conviver, transcender. Depois de amanhã, homenageiam-se os Reis Magos, aqueles que foram até a manjedoura e deram presentes a Jesus: ouro, incenso e mirra...

Encerremos a crônica lembrando que tudo passa, menos o passado, que está sempre nos fazendo reviver.

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