Aqui para nós, eu não desejo saber do futuro. Que ele continue sendo uma grande incógnita, uma grande surpresa. E viva o passado. Vez por outra, estou em busca dele, pois, recordar é uma maravilha.
Mas a verdade é que tudo passa e tudo voltará. Viva a esperança que, parodiando o ditado, é única que não morre.
Na noite de Ano Novo, muita festa, muito barulho, muitos fogos no céu, muitos pipocos, muito álcool na cuca, muita comida no bucho, muita distração, e nada de reflexão. Talvez poucos refletiram durante os momentos de silêncio. Por outro lado, não devemos esquecer de que viver é conviver. Temos que compreender e respeitar as diferenças. Há quem adore a cachaça entrando pela goela, ou chupar fumaça soltando pelas narinas.
Nossa passagem de ano foi uma delícia, numa pousada, bucolicamente chamada “Pousada das Conchas”, à beira-mar de Tabatinga. Tudo “arquitetado” pelo nosso Germano, só podia dar certo. Só não houve barulho, ainda bem. Não houve barulho, mas houve marulho. Levaram-me para dentro d'água, lutei contra as ondas, e o mar estava uma beleza.
Mas, tudo passa, e o bom mesmo é viver. Mais do que viver, conviver, mais do que conviver, transcender. Depois de amanhã, homenageiam-se os Reis Magos, aqueles que foram até a manjedoura e deram presentes a Jesus: ouro, incenso e mirra...
Encerremos a crônica lembrando que tudo passa, menos o passado, que está sempre nos fazendo reviver.