Disse: apego ao dinheiro, ao poder, ao sexo, aos bens materiais e me esqueci das pessoas. Lembrar que ninguém é de ninguém. Portanto, nada de apego. Apego cheira a egoísmo.
Agora me lembrei de uma senhora, no cemitério, chorando de se acabar pela morte do marido, na hora do sepultamento. Ela gritava: “eu quero ir com ele, eu quero ir com ele. Mas, bastou um tropeço em direção ao túmulo, e ela foi logo gritando: “Me segurem, me segurem, se não eu caio!”. Já não desejava mais ir para a cova com o marido.
Repitamos: chegamos a este mundo, sem nada, e sairemos dele, também, com as mãos abanando. E a nossa vida deve ser um dar, sem nada exigir. Há muita gente precisando da gente. Socorrêmo-la, cumprindo a lição do Mestre: “Amai ao próximo como a si mesmo”. Eis a lição mais difícil de todos os tempos.
Quando meu pai morreu, eu falei diante de seu túmulo, invadido de muita paz interior, e disse: “Até logo, papai!” O governador Pedro Gondim, que estava presente, não quis acreditar: “Na saída do cemitério, aproximou-se eme cochichou: “Rapaz, que religião é esta que lhe dá tanta paz?”. Ora, uma religião que ensina que a vida não termina no túmulo. E atentemos à inscrição do mausoléu de Allan Kardec, lá no Père Lachaise, em Paris: “Nascer, viver, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei”. Não esquecendo a sentença de Paulo: “Nada trouxemos para este mundo e é evidente que nada podemos levar dele”...