E aconteceu que Jesus afastou-se um pouco dos discípulos, e foi orar. Deveria ser lindo, Jesus orando. O olhar em direção ao céu, em plena ...

Pai nosso, pão nosso

E aconteceu que Jesus afastou-se um pouco dos discípulos, e foi orar. Deveria ser lindo, Jesus orando. O olhar em direção ao céu, em plena sintonia com Deus, o Pai Nosso.

Os discípulos, certamente, tiveram inveja do Mestre. A boa inveja, diga-se de passagem.

Saindo da sintonia com Deus, Jesus voltou, pronto para a caminhada da Evangelização. Mas aí um dos discípulos, humildemente pediu: “Mestre, ensina-nos a orar”. Aí, Jesus lhes ditou a oração do Pai Nosso, uma maravilha de síntese.

Nessa oração, a pessoa pede para que Deus a livre das tentações, que são muitas: tentação do orgulho, da vaidade, da inveja, do dinheiro, do sexo, da ambição. Afinal, ninguém está livre de uma tentação. Todavia, como se livrar da tentação, esta inclinação para o mal? Disse Tomé que há tentação porque há concupiscência. E como se livrar da tentação? Pela oração.

Adverte, portanto, o Pai Nosso que stejamos sempre vigilantes, atentos. Vigilantes com os nossos pensamentos. Daí o “orai e vigiai”.

A oração do Pai Nosso é de uma síntese admirável. A oração que Jesus ensinou aos discípulos. E oração deve ser simples, curta e atenta. Jamais fazer como uma certa senhora do interior que, no meio da oração, enxotou uma galinha que entrara na sala. Minha irmã Ivone, quando pequena, toda vez que orava o Pai Nosso dizia: “Ah, mamãe, quero pão”.

Nada, portanto, de orações longas, como faziam os fariseus. E nada de pedir dinheiro, um bom casamento e assim por diante.
“Ensina-nos a orar”, pediram os discípulos. E Jesus deu-lhes um modelo perfeito de oração: o Pai Nosso.

Há duas coisas importantíssimas para a nossa paz interior: a oração e a meditação. Para orar, Jesus aconselhou-nos a entrar no quarto para o silencioso diálogo com a Divindade. Não esquecer que a nossa consciência é um rigoroso tribunal interior.
Orar e vigiar para livrar das tentações. Tentação é teste. Ninguém está livre dela.

E o mundo atual, com o consumismo, já viu. Estejamos, pois, atentos, vigilantes, usando sempre o bom senso em todas as nossas escolhas.

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