
E por causa da cirurgia da coluna, fico aguardando o próximo lançamento da Revista da Academia, que, decerto, trará os discursos de ambos imortais.
Nunca vi uma eleição tão justa como esta de José Mário, um homem se uma simplicidade admirável. De uma sólida cultura, somada a uma notável modéstia e discrição.
Só sei que senti muito não ter podido estar presente para ver e ouvir esse diálogo de gigantes da nossa literatura. Elizabeth, minha grande amiga, a quem devo a honra de promover o lançamento do meu penúltimo livro “Lições de viver”, em Campina Grande, e José Mário da Silva, sob cujo olhos, caiu o livro, também de minha autoria: “A Dança do Tempo”. E, graças a Deus, Mário viu belezas no meu livro. Ele fez uma análise tão bem feita do meu texto que muito me entusiasmou.
Daí minha alegria de saber que os dois gigantes de nossa literatura, ambos da Rainha de Borborema, se encontraram na nossa Academia Paraibana de Letras para um duelo. Um saudando o outro, numa festa de alta cultura.
Mas, aqui pra nós, me sinto bem, com a minha consciência tranquila, em ter concorrido para esta merecida vitória acadêmica de José Mário da Silva, autor dos excelentes livros “Mínimas leituras, múltiplos interlúdios” e “Os Abismos do Ser”, que agora assume a honrada cadeira de Ariano Suassuna.