Nada fica estacionado, parado, segundo a lei do progresso. Que tal uma olhadela para o passado? Não ria, você, das coisas do passado, em seus mais diversos aspectos. Há alguns séculos, aqui no Brasil, os homens mal se vestiam. Os nossos antepassados indígenas andavam nus. Nada, portanto, de sentirem calor ou vergonha.
E que dizer das enfermidades, da peste matando milhares de pessoas, por conta da falta de higiene, de vacinas? Hoje, onde está a peste de outrora?
E o progresso da Medicina, das descobertas da ciência genética? Nem é bom falar. Apenas em pensar numa cirurgia sem anestesia, já começo a sentir dor. E pensar que a religião chegou a ser contra a anestesia. Viva Crawford Long, o primeiro cirurgião a usá-la!
No princípio, a fome era tão encontradiça como o ar que respiramos. Segue-se a ignorância, a pior desgraça do mundo. E o isolamento? Outrora, muito outrora mesmo, as tribos viviam isoladas. Ainda não tinham inventado o computador, a Internet, o Facebook, o celular. Hoje, a tecnologia anda fazendo o que a Religião ainda não conseguiu: unir as pessoas, acabar com o longe, com o distante. Tão fácil, atualmente, ver a cara para quem estamos telefonando, através dos aplicativos digitais chamados Facetime ou Skype. E muito outrora, como era?...
Agora vejamos a ignorância, tão presente, outrora, nas comunidades. Cadê a escola, o livro? Trabalho não existia. Predominava a ociosidade. Só depois, muito depois, é que apareceu a Universidade, lá pela Idade Média, embora, o obscuro período medieval seja chamado de “A noite de dez séculos”.
E na pressa, esquecemos a maior de todas as tragédias: a escravatura, que vendia homens livres. E viva a liberdade! Fizeram bem os Estados Unidos dedicando uma estátua a essa deusa.
Estamos nos lembrando também de outra calamidade, distante do progresso: a imundície, a ausência do asseio, da higiene. Daí a proliferação das doenças.
Mas, aos poucos tudo foi melhorando. Veio a boa política acabando com a barbárie. O comércio uniu os povos. Com o comércio surgiram os transportes, a navegação, o telégrafo sem fio. Veículo embaixo e veículo em cima, este graças ao avião descoberto pelo brasileiro Santos Drumond. Tudo isso nos leva a concluir que o que mais dignificou o homem, foi o trabalho.
Mas esta frase, do espírito Emmanuel, que nos inspirou para a redação deste texto, diz que “o progresso material não perdurará, enquanto não houver amor no coração dos homens”. E esta tarefa cabe a Religião, que ainda não foi, devidamente, compreendida. A Religião que foi ensinada por Jesus. Sem ela, não vale nenhum progresso material.
E a lição do Mestre foi tão simples. “Amar ao próximo como a si mesmo”. Mas o próximo ainda continua tão distante... E não deve ser pela inteligência que devemos buscá-lo. Não é pelo computador, pela tecnologia, mas pelo coração.