Chegamos ao mundo sem nada e dele sairemos de mãos vazias. Diz o ditado popular: “Da vida nada se leva”. Mas, discordo, pois levaremos a nossa consciência. É ela que vai nos dar o céu ou o inferno.
E como devemos viver? Um grande iluminado deu a seguinte receita: vivamos no mundo, tudo possuindo e nada tendo, com todos e sem ninguém. E qual seria a senha para uma vida de muita paz? Não vejo outra, seão o amor.
Disse outro iluminado que “O amor é Deus dentro de nós”. Completaríamos dizendo: ”O próximo dentro de nós”. Difícil, hein? Mas você queria que um lugar no Paraíso fosse fácil?
Voltando à montanha, infelizmente temos que descer. E muito cuidado nessa descida. A vida nos espera lá embaixo. A montanha é símbolo de transcendência. Foi por essa razão que Jesus escolheu uma elevação de terra para tribuna, pronunciando o sermão mais belo do mundo, o Sermão da Montanha.
E vivamos a vida com muito amor, com mais sorriso, mais amigos, mais fé, sem esquecer de olhar com mais compreensão. Lembrar que tudo é a maneira de olhar. Somos o nosso olhar. Jesus convidou-nos a olhar os lírios, as criançinhas, a olhar os enfermos, a olhar com amor. Na cruz, com o sangue escorrendo pelo rosto , ainda perdoou os desvairados….
Novo ano de vida. Novo ano de oportunidades. Será que você fez um balanço do que passou? Fez novos amigos? Esqueceu as inimizades? Cultivar inimizades é uma droga. Cultivar ressentimentos é cultivar espinhos na alma.
E ao descer a montanha, contemplemos a paisagem ao redor. Não sejamos indiferente às belezas da vida. Vez por outra, façamos o exercício da transcendência. Jamais olhemos o firmamento de relance, e sim, contemplando-o. De relance, você não verá as estrelas, como disse meu mestre Emmanuel.
Lembremo-nos de Drummond. “Um ano se foi, mas outros anos virão”.