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A nossa mente, um escritório?

Tudo eu esperava, menos que alguém comparasse a nossa mente a um escritório, com todos os seus departamentos.

A mente, como se sabe, fica lá no alto de nosso corpo, numa posição privilegiada. É lá que estão nossos pensamentos. O pensador Emmanuel assim a definiu. Mais ainda. Disse que a mente é como um diamante. Se coberto de terra, não brilha. Só depois de limpo é que ele se ilumina. Disse mais, o evangelizador: que a mente também pode ser comparada a um espelho. Espelho sujo nada reflete. Mente suja de maus pensamentos é um desastre.

Portanto, muito cuidado com o que pensamos e com o que sentimos. Estamos a todo momento em contato com o outro. Isto é sintonia. Nós nos afeiçoamos com aqueles com quem sintonizamos. E muito bem diz o provérbio: junta-te aos bons e serás um deles.

Mas, a mente, além de espelho, além de diamante, pode ser comparada a um escritório. Aí a coisa se complicou. Por que a um escritório? Ora, porque um escritório compreende vários departamentos, cada qual com sua função específica. Vejamos essas seções específicas: departamento da inteligência, departamento da memória, departamento do desejo, da imaginação e, por fim o departamento da vontade, que funciona como uma espécie de gerente. Sim, é a vontade que faz todos os departamentos funcionarem. E, aqui para nós, o que seria de nós sem a vontade? É ela quem movimenta, que faz o escritório funcionar. Somos a nossa vontade. Somos o que queremos, o que desejamos. Ser sem vontade, é ser morto.

Vamos, ligeiramente, aos outros departamentos. Está aqui o Departamento do Desejo. Quem não deseja na vida? Quem não sonha em obter as coisas deste mundo. Riqueza, dinheiro, poder? Outro departamento: o da memória. É nela que mora a saudade. Toda a nossa vida, a de hoje, como a de ontem, estão registradas nas lembranças. Somos o que fomos.

E o departamento da inteligência? Temos inteligência, e temos instinto, que predomina nos animais. A inteligência implica em reflexão, o que não ocorre com o instinto, segundo leciona o Codificador da Doutrina Espirita, na obra “A Gênese”. No nascimento, o instinto predomina no homem. Acentua Kardec um fato interessante: o instinto nunca se engana, o que não ocorre com a inteligência. Dir-se-ia, e aqui vai uma intromissão do cronista, que o instinto foi a inteligência que Deus deu aos animais.

Continuemos nas nossas digressões. Falemos da Imaginação. A ela devemos as obras-primas da Literatura, da Música, da Arte. O homem é um ser que imagina, que sonha, que idealiza. O que não ocorre com nossos irmãos irracionais, embora dissesse um escritor francês que o seu cachorro, às vezes, parecia sonhar e pensar.

A verdade é que nada seríamos sem a vontade, que é o gerente do “escritório mental”. A vontade é o impacto determinante. Pessoa sem vontade, pessoa morta, passiva, nada consegue na vida. E a vontade está aliada à fé. A fé, prelecionou Jesus, mesmo que seja do tamanho do grão de mostarda, pode mover uma montanha.

Viram como a mente é importante em nossa vida? Portanto, cuidado com os pensamentos, com os sentimentos. Você é o que pensa. E pensamento é força, força elétrica e magnética. O pensamento é tão importante que o mestre Descartes lecionou: “Penso, logo existo”. E não devemos esquecer que dos pensamentos, surgem os sentimentos e os atos.

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