Exalto a luz, mas reconheço que a escuridão, às vezes, é necessária. Dir-se-ia que a escuridão é a moldura da luz. Mas o que Goethe desejava era luz, coisa que não falta, aqui no nosso Nordeste. E ele era de uma terra de muita neve e pouco sol.
Mas continuemos com a crônica. Quando Jesus nasceu, numa manjedoura, uma luz veio iluminar o seu berço. Berço de palha, berço de pobre. Naquele tempo não havia ainda Papai Noel.
Em suma, a luz é Deus. E quando a gente ama, o amor é Deus dentro de nós. Se a nossa mente está escura, não brilha. É por isso que o iluminado Emmanuel, guia de Chico Xavier, comparou a nossa mente a um diamante. Mas para que ele brilhe, há necessidade retirar-lhe a terra que o encobre. Há necessidade de uma lapidação. Sujo, o diamante não brilha. Sua luz está oculta pela sujeira. Ora, ora, é isto mesmo que acontece conosco. Pensamentos negativos, medo, ódio, mágoas, maledicência, ressentimento, inveja, egoísmo, tudo isso faz com que nossa mente não brilhe, não projete luz.
Jesus sempre advertia: “Brilhe a vossa luz”. A luz, repito, é Deus dentro de nós. Também aconselhava que não deveríamos esconder a luz debaixo do alqueire, mas no velador, para clarear a todos.
E viva a luz. Que seria de nós sem ela? Seja a luz do vagalume, seja a luz do sol. Não esquecer que um bom sorriso é luz. Não deixe o seu rosto apagado. Acenda-o sempre com a luz da bondade.
Como é que chamamos um espírito elevado, um espírito superior? Evidente que de um espírito iluminado. Jesus apresentou-se a Paulo, na Estrada de Damasco, vestido de luz. E Paulo ficou cego com tanta claridade.
Lembremos que o iluminado Einstein ganhou o Prêmio Nobel pelo estudo que fez da luz. Não foi pela Teoria da Relatividade - que não me deixe mentir meu filho, PhD em Física, Carlos - e sim pela explicação do efeito fotoelétrico. Demonstrou o genial físico que a luz se constitui num feixe de partículas, chamadas fótons. Foi meu Tuca que me disse isso…
Vamos iluminar o nosso espírito com atos de amor. Amor a Deus, amor à Natureza, amor ao próximo. E nada de escurecer a alma.