Por que a pergunta não foi “Quem é Deus?”. Ora, ora, justamente para evitar qualquer antropoformismo.
Quem não acredita neste ser supremo é ateu. Dizem que não há povo ateu. O Livro dos Espíritos elucida a questão na “Lei de Adoração”.
Mas quem criou o homem, a Natureza? Seria o acaso o autor de todas essas maravilhas? A maravilha do Universo, a maravilha do corpo humano? Houve um ateu que, certo dia, chegou a dizer: “Graças a Deus, sou ateu”, ora vejam só...
Isto nos faz lembrar Napoleão. Ia ele caminhando à noite pelo deserto, quando indagou a um famoso astrônomo, que compunha a sua comitiva, mas que era profundamente materialista. O grande corso, olhando a beleza do firmamento, cheio de estrelas, indagou: “Mestre, existe Deus? ”O astrônomo, que era um cético, vociferou, orgulhoso”: Ainda não estudei esta hipótese”. Sorrindo, Napoleão perguntou: “E quem fez este belo firmamento cheio de estrelas?” O sábio nada respondeu.
Aqui para nós, não é possível negar Deus, que criou o maravilhoso firmamento, que criou as estrelas, a Natureza, o próprio homem, desde o selvagem ao gênio. E é preciso constatar a existência divina ante as estrelas, nas infinitas galáxias, sem esquecer o próprio homem. Peguemos uma melancia. Quantos caroços! Peguemos a manga, com apenas um. E quantos sabores diferentes! E a banana, que nem caroço tem? E o limão, azedo de se fazer careta, enquanto o sapoti, que doçura!...
O estudo de Deus se chama Teologia, e devemos lembrar que Deus está na palavra entusiasmo, que em sua origem grega siginifica “sopro divino”. Portanto, nada de desânimo, nada de tristeza. A Divindade gosta de alegria, bom ânimo. Mas, não se sintoniza com o barulho. O barulho não se coaduna com a oração. Oração rima com reflexão e barulho com distração.
Dizem que o diabo é um filho que desobedeceu a Deus e que mora no Inferno, mas, o curioso é que ele vive fora de sua “residência”, infernando e azucrinando os outros.
A grande definição de Deus está na resposta à pergunta inaugural de O Livro dos Espíritos: “Inteligência suprema do Universo, causa primária de todas as coisas”.
Como mencionei, Napoleão, durante aquele trajeto no deserto, onde se via um belo firmamento cheio de estrelas, indagou sobre o seu Criador ao astrônomo cético de sua comitiva: Será que foi para nada?...
Nietzsche disse que Deus estava morto, e terminou louco agarrando-se ao um animal que ia passando na rua.
Mas ninguém exaltou e compreendeu a Divindade como Jesus, que o chamava de Pai. E chegou a dizer, numa magnífica sintonia: “Eu e o pai somos um”.
Não esquecer, porém, que o Deus de Moisés não era um Deus de amor, mas de ódio, vingança e terror.
E fiquemos por aqui, admirando a moderna tecnologia, mas lembrando que o homem não criou, nem criará a eletricidade. Muito menos um mosquito… Que Deus nos ilumine!