É, sobretudo, um reencontro de amigos. Silêncio absoluto, conversa baixa, vez por outra uma gargalhada. A comida é integral e muito saudável.
Fui uma vez e fiquei indo, pois quem gosta volta. Sua proprietária, Rossana, é a maestrina desse concerto alimentar. Servida por eficientes recepcionistas, a proprietária é a delicadeza e o bom senso em pessoa. Vez por outra, sai da cozinha e vai dialogar um pouco com os clientes. Só um pouco, pois as cozinheiras, a todo instante, estão rogando sua presença.
Faz muito tempo que o meu domingo se enriquece com essa ida ao Flamboyant. E nada como almoçar num clima de paz, saúde e confraternização humana. Sim, o restaurante de Rossana me fez criar novos amigos. Que bom! Professores, escritores, artistas, não faltam lá. E até criança novinha a gente vê.
E o bom é o silêncio, o cheiro de cultura que ali se encontram. Tudo é “self-service”. Quem prepara meu prato é Alaurinda. E meu prato nunca muda, inclusive a mousse de abacate, como sobremesa.
Referi-me à cultura e disse bem. Você lê frases de escritores nas paredes, inclusive de Ruy Barbosa, anúncio de acontecimentos artísticos, e há livros à venda, inclusive “Viajar é sonhar acordado”, de minha autoria e “Bazar de Sonhos”, do meu filho Germano, solicitados por Rossana.
E antes que a boca fique cheia d'água, vamos frear a crônica, que já se alonga. Lembrando, que lá, de bebida só água de coco.
Cá entre nós, a refeição é o momento mais sagrado de nossa vida. Outrora, muito outrora mesmo, a refeição obedecia a
um ritual. E o pai lembrava um maestro. E tudo com silêncio. Refeição com barulho é uma estupidez.
Mais uma vez parabenizo a maestrina da cozinha, Rossana, pelo bom serviço que está prestando à comunidade.
É domingo? Já sabem, o cronista e a esposa sabem para onde ir. E haja folga para a nossa cozinheira, que também merece e deseja mudar.