Mesmo que perca a Copa, o Brasil já ganhou, repito. Todo o seu imenso território, que tem a forma de um coração, acolheu gente de de todo o mundo. Chutes e gols fizeram a felicidade de muitos, conquanto por alguns momentos. Houve e está havendo muitos sorrisos nos rostos, muitos gritos nas bocas, muita alegria no povo, que precisa esquecer os maus políticos, que vêm por aí...
Assim, nosso país já é vitorioso ao se tornar uma atração mundial com seus estádios moderníssimos. Muita gente enriqueceu, muita gente esqueceu as tristezas, muita gente cantou o Hino Nacional, em que se diz que o nosso país dorme eternamente em berço esplêndido, pois a Natureza aqui é abundante. Não há montanhas vomitando fogo, o povo é pacífico, é gente de boa índole, e teve um homem extraordinário, que conversava com os espíritos, escrevia o que eles ditavam apenas com um lápis e os olhos fechados. É possível isto?
Foi possível. Daí a abundante literatura mediúnica que ele deixou. E deixou quando desencarnou, justamente na última Copa. Daí, decerto, veio o símbolo da Copa. A mão do Chico segurando o rosto.
Vamos adiante, lembrando que a bola é muito melhor do que a bomba atômica, pois, mesmo que não seja campeão, o nosso pai já ganhou. Ganhou na hospitalidade e no sorriso que ofereceu aos visitantes. No sorriso e na paz.
Vamos agitar a bandeirinha verde-amarela, vamos vê-la açoitada pela brisa, seja nos edifícios, nos carros e nas mãos das pessoas. Essa Copa foi um recreio para o povo. E como todo recreio, termina com a sineta da realidade que vem depois...