Há pouco tempo, zapeando descontraidamente no Stumble Upon, deparei-me com uma matéria interessante da BBC World acerca da criminalização da homossexualidade adotada em legislações de mais de 100 países.
A notícia me surpreendeu principalmente ao constatar que o Brasil atuou na vanguarda, ainda no Século XIX, sendo um dos 7 primeiros países a descriminalizar a comunhão afetiva entre pessoas do mesmo sexo, à frente, inclusive, de nações mais desenvolvidas. Mesmo sob toda a carga de sua formação religiosa e dos níveis educacionais primários, a legislação e a jurisprudência brasileiras progrediram, desde cedo, baseadas no respeito aos direitos humanos, como um todo.
O mapa acima, concebido pela BBC, indica onde o homossexualismo ainda é considerado crime e mostra também os países cuja legislação não faz distinção entre as uniões afetivas entre pessoas de sexos distintos ou pessoas do mesmo sexo, como o Brasil.
Já o quadro abaixo, no formato linha do tempo, relaciona, no lado esquerdo, os países que, ao longo de suas respectivas histórias, criminalizaram a homossexualidade e mostra, no lado direito, as nações que trilharam em sentido contrário. No quadro completo da BBC, é possível ver que, mesmo nos dias atuais, em que há intensa valorização dos direitos individuais, alguns países (a exemplo da Rússia) retrocederam no tema, criando leis inibitórias ao direito da plena cidadania. Chocante é saber que algumas nacões chegam até mesmo a punir com pena de morte as pessoas que participam de relações homoafetivas. Coincidentemente, essa forma grotesca de política está associada a países subdesenvolvidos ou marcados pelo fanatismo dogmático de suas crenças.
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