Sol e chuva, frio e calor, água e luz, que a vida é feita de contrastes. A monotonia traz depressão. Ler e ouvir boa música é muito gostoso. Dormir nem se fala. Pensar muito mais. E ainda tem mais esta: a chuva, o frio, o silêncio são condições maravilhosas para a reflexão, para a conversa interior, para o filosofar. Já o sol é propício para a distração. Dir-se-ia que o sol propicia a poesia e a chuva a filosofia. Até rimou. Lembrar que as grandes filosofias nasceram nos países frios.
Mas voltemos á crônica. Lá fora o sol esbanja luz e parece gritar para o cronista: “Saia daí. A praia está uma beleza”. E eu fico a imaginar como a praia deve estar mesmo bonita, a areia limpinha, o céu azul, o mar brincando com as ondas, feito menino...
Pra falar a verdade, gosto mais de países quentes, embora tenha nascido numa terra fria de gelar: Alagoa Nova, onde o sol é escasso e as pessoas se valem dos cobertores e da cachaça para esquentar o corpo. E eu soube que a cachaça é o que anima os festivais de arte que ali se realizam...
Mas o clima está assim, instável. Chuva hoje, sol amanhã, coisa que nunca vi antes. Que dizem os entendidos de meteorologia sobre esse fenômeno?
Diz a modinha, que ouvi muito na minha infância: “Chuva com sol, casa-se a raposa com o rouxinol”. E eu imaginava que isso era verdade...
Mas a verdade é que tem vez que estou doido por um dia chuvoso e vice-versal
E viva a reflexão a que nos condiciona a chuva, e a distração que nos proporciona o sol. Muita água caindo do céu e muita luz iluminando os nossos caminhos...