Continuemos: a vida é, sobretudo, um ato de fé. A começar pelo nosso corpo, uma verdadeira e magnífica oficina. Todos os órgãos exercendo suas funções, em silêncio. Respiram os pulmões, bate o coração, corre o sangue, num silêncio e disciplina admiráveis.
Quando uma pessoa perde a fé, suicida-se. E o suicídio é a busca do nada, sobretudo se o suicida pensa que tudo se acaba no túmulo e não acredita em outra vida.
Toda a natureza entoa um hino silencioso de fé. As árvores com os seus frutos, as plantas com suas flores, os rios, o mar, as nuvens, os pássaros, todos saúdam a vida. E as humildes, anônimas e invisíveis raízes, que sustentam as árvores, quanta fé elas demonstram. Fé e humildade. Ninguém ainda se lembrou de enfeitar uma mesa com raízes. Elas são feias...
A vida é a maior demonstração de fé, de confiança, de otimismo. Só os suicidas é que são dominados pelo desânimo.
Palavra, no nosso vernáculo, de apenas duas letras, a fé comparou Jesus a uma semente de mostarda. E esta semente seria capaz de derrubar uma montanha. Que beleza!
Foi o Mestre que, em certa manhã, achou de sair caminhando sobre as águas. Para não caminhar sozinho, convidou Pedro para acompanhá-lo. O apóstolo se dispôs a ir. Mal começou a caminhar, quando veio o vento. Assombrado, ele ia se afundando, quando Jesus o salvou, dizendo: “Ah homem de pouca fé. ”
Não façamos como Pedro. Diante de Jesus, jamais pense em se afundar. Tenha sempre fé. Tanto é assim que você está sempre dizendo: “Até amanhã”, “até logo”, “amanhã, estarei lá”.
Portanto, nunca diga adeus. Lembre-se de que há sempre uma madrugada atrás do crepúsculo.
Fé alimento, fé remédio. Foi com a fé que Jesus curou muita gente. Cuidado, portanto, com o desânimo, o pessimismo, a descrença. E nunca diga adeus...