P ois é, o mundo é assim, cheio de contradições. Cada um com as suas idiossincrasias. Uns alegres, outros tristes; uns amargos outros doces,...

Há quem goste...

Pois é, o mundo é assim, cheio de contradições. Cada um com as suas idiossincrasias. Uns alegres, outros tristes; uns amargos outros doces, uns inquietos, outros em paz; uns risonhos, outros carrancudos; uns comemorando realizações, outros mergulhados em frustrações, uns se deliciando com um copo de cachaça, outros adorando uma água de coco, uns procurando o silêncio para pensar, outros desejando o barulho para esquecer suas tragédias interiores, uns buscando uma praia deserta para a reflexão, outros procurando um bar ou um forró para a distração, e assim por diante.

Há os que acreditam em outra vida, há os que acham que a vida termina no túmulo, onde o corpo vira alimento para os irmãos vermes, e os que acreditam que a vida continua em outras dimensões; Há os que crêem no paraíso do Nada, e assim por diante.

Há os incapazes de matar uma formiga, à semelhança de Goethe, que pisava atento para não esmagar sequer um inseto; há os que põem pássaros em gaiola. Há os nervosos, que, no trânsito, apitam de instante a instante, os sem paz interior. Há os que estão destruindo a saúde e a vida com os cigarros que fumam, os que levam seus problemas para a cama e não conseguem dormir, cheios de inquietações. E há os que dormem de roncar, na maior tranqüilidade, e com a consciência tranquila.

Há os que não lêem, embora não sejam analfabetos e outros que só não conseguem ler quando estão comendo ou tomando banho. Há os que se mordem de inveja com o sucesso dos outros e os que aplaudem o êxito do seu semelhante.

Há os que amam, há os que odeiam; os que elogiam e aplaudem a glória dos outros, e os que amargam de invídia. Há os que cantam, há os que rosnam.

Há os que fazem da política um meio de vida e há os que esquecem a si mesmos em favor do bem coletivo.

Há os quem limpam leprosos como Madre Tereza de Calcutá e há os que, com um lápis apenas, nada de computador ou iPad, escrevem uma verdadeira literatura, abordando temas de ciência e filosofia.

Sim, há também este cronista, que não tem nada a ver com a vida dos outros.

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