Pois é, a chuva traz a água, e o sol a luz. Eis aí duas coisas sem as quais, não haverá vida. Tanto é assim que quando os pesquisadores descobrem um planeta, a primeira coisa que procuram é saber se há nele a presença ou resquícios de água. Na lua, infelizmente, ao que informaram os astronautas, não há água. Que pena...
Mas prossigamos na crônica, sem esquecer que acabo de tomar uma gostosa água de coco e de saborear sua laminha. Ah, como somos ricos de coqueirais! Lá fora, na velha Europa, não existem coqueirais. Pelo menos nunca me chegou à boca uma aguinha de coco, nas minha andanças pelo Velho Mundo.
Olho para o céu e o vejo limpo de nuvens. E haja calor, haja suor, que é a única água que não mata a sede. No sertão nem se fala, com seus açudes secando, os animais morrendo. Deve ser horrível morrer de sede. Em sua anunciada vinda por aqui, o nosso governador Ricardo deve insistir pra que a presidente Dilma vá ao sertão ver de perto aquela calamidade, tão antiga e sem solução.
Mas o sol sabe apenas dar luz, foi criado para isso. E nós precisamos e desejamos os dois, luz e água. A água que mata a nossa sede e lava o nosso corpo. Quando estamos no ventre materno, é grande a escuridão, mas não falta uma bolsa d'água...
O danado é que a chuva, apesar de ser necessária, quando chega em excesso a gente reclama, e haja guarda-chuvas e sombrinhas se abrindo... Mesmo que não seja em excesso, costumamos falar contra a chuva. Chamar-lhe de “mau tempo”. Dizer que ela traz a gripe, molha a nossa roupa.
Mas, aqui para nós, precisamos fazer uma conclamação pública rogando ao Todo Poderoso que venha chuva, muita chuva, pois o calor está abrasador. Minha Alaurinda chega chorar, com saudade da Noruega, da Finlândia.
E as águas do São Francisco passando tão perto de nós, e nada de se desviarem pra cá...
Queremos água e luz. Luz do sol e água da chuva, sem os quais não há vida. E deixe-me tomar outra água de coco e depois um café bem quentinho, graças à minha adorável Alaurinda.