Você já viu um peru no quintal? Vez por outra, ele se incha e sai exibindo suas penas aos outros animais. Eis aí a imagem da vaidade. Mas acho que o peru não tem essa intenção de ser melhor do que os outros. O peru é humilde e, nas festas natalinas, muitos deles vão para a mesa. Não para comer, mas para serem comidos, lembrando o Hamlet de Shakespeare, quando um personagem perguntou a outro: “Onde está Sicrano?” E a resposta foi muito realista: ”Está num banquete onde não come, mas é comido”! Ele o queria dizer que estava no cemitério. E, aqui para nós, o cemitério é um grande banquete para os vermes.
Mas deixemos de coisas lúgubres e voltemos ao peru, que, decerto, gostaria de ser poupado na festa comemorativa do nascimento de Jesus. Animal simples, o peru. O poeta Sérgio de Castro bem que deveria aproveitá-lo para um poema no seu próximo “Zoo Imaginário”...
O peru é dócil. Se você der um grito, ele responde com outro grito. E, cá entre nós, como diz a amiga Rose Silveira, eu, na meninice, me diverti muito com isso.
Mas essa inofensiva e bonita ave não se incha de vaidade. Estufa-se de contentamento, embora, vez por outra, se entristeça com a festa de Jesus, quando ele papado. Eu imagino a sua reflexão, a sua angústia, o seu medo. Se ele pudesse, voaria bem alto, para um lugar que nem uma águia e iria pousar, bem longe, numa montanha, até que o Natal passasse.
Dizem que o peru é uma ave supersticiosa, meio boba, pacífica. Não sei como ele não esteve na manjedoura, junto com outros animais, vendo Jesus nascendo.
E quer ver uma coisa? Trace um círculo em torno do peru e ele não sairá deste círculo. Ele é como certas pessoas que ficam presas à rotina, incapazes de uma aventura, incapazes de sair do círculo mental do comodismo, da mesmice. Não indagam, não pesquisam, não estudam, não refletem. O dia de ontem é sempre o mesmo de hoje, e de amanhã...
Não seja peru, leitor, seja águia, gaivota, busque novos horizontes, não se prenda ao fanatismo religioso. Fanatismo é a doença da fé. Foi o fanatismo que levou os sábios à fogueira, e que queimou Joana D”Arc.
É o peru no Natal, o peixe na Semana Santa... Sei não. É melhor encerrar essa crônica...
Mas deixemos de coisas lúgubres e voltemos ao peru, que, decerto, gostaria de ser poupado na festa comemorativa do nascimento de Jesus. Animal simples, o peru. O poeta Sérgio de Castro bem que deveria aproveitá-lo para um poema no seu próximo “Zoo Imaginário”...
O peru é dócil. Se você der um grito, ele responde com outro grito. E, cá entre nós, como diz a amiga Rose Silveira, eu, na meninice, me diverti muito com isso.
Mas essa inofensiva e bonita ave não se incha de vaidade. Estufa-se de contentamento, embora, vez por outra, se entristeça com a festa de Jesus, quando ele papado. Eu imagino a sua reflexão, a sua angústia, o seu medo. Se ele pudesse, voaria bem alto, para um lugar que nem uma águia e iria pousar, bem longe, numa montanha, até que o Natal passasse.
Dizem que o peru é uma ave supersticiosa, meio boba, pacífica. Não sei como ele não esteve na manjedoura, junto com outros animais, vendo Jesus nascendo.
E quer ver uma coisa? Trace um círculo em torno do peru e ele não sairá deste círculo. Ele é como certas pessoas que ficam presas à rotina, incapazes de uma aventura, incapazes de sair do círculo mental do comodismo, da mesmice. Não indagam, não pesquisam, não estudam, não refletem. O dia de ontem é sempre o mesmo de hoje, e de amanhã...
Não seja peru, leitor, seja águia, gaivota, busque novos horizontes, não se prenda ao fanatismo religioso. Fanatismo é a doença da fé. Foi o fanatismo que levou os sábios à fogueira, e que queimou Joana D”Arc.
É o peru no Natal, o peixe na Semana Santa... Sei não. É melhor encerrar essa crônica...