Livro de filho é neto. Estou me referindo a este livro do meu filho Germano, lançado juntamente com o meu, numa tranquila noite, aqui em ...

O livro-neto

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Livro de filho é neto. Estou me referindo a este livro do meu filho Germano, lançado juntamente com o meu, numa tranquila noite, aqui em Tambaú.

“Bazar de sonhos” é o sugestivo título do livro-neto. Uma coletânea de crônicas em que o lírico se une ao prosaico, o cronista ao articulista, o pensador ao poeta, sem esquecer o filósofo.

Quando ele lançou o livro, inaugurando-se como escritor, fiquei pensando: onde é que esse menino foi encontrar tempo para escrever crônicas, com a cabeça atulhada de projetos, sem esquecer os constantes telefonemas dos seus numerosos clientes? O arquiteto, às vezes, não tem tempo nem para a refeição, pois os clientes são “impiedosos” nas suas consultas.

Só sei que vendo o meu arquiteto, agora colega de letras, trabalhando, quem fica suado sou eu. Mas o seu milagre foi mesmo ter achado tempo para o exercício das letras. Sei não como isso se deu. Só sei que ele escreveu seu “Bazar de Sonhos”, uma leitura que tem gosto de “quero mais”. Quantas confissões, quanto lirismo, quanta profundeza filosófica, quanto amor à vida, à Natureza.

Duvido que você saia o mesmo depois que ler o livro do arquiteto-cronista. Germano possui um acentuado sentimento de amor à vida. Aqui, ele fala dos beija-flores, ali relembra a mãe querida, que tanto o compreendeu, chegando ao ponto de exclamar: ”feliz de quem teve a oportunidade de uma convivência feliz com sua mãe”...

Arquiteto, filósofo, poeta, bacharel em música, ele não sabe guardar mágoa ou sequer um ressentimento. Profundamente religioso, esse novo homem das letras está sempre citando os ensinamentos de Jesus, e chegou até a fazer uma radiografia do “Pai Nosso”, que muita gente declama apenas com os lábios.

Globe-trotter autêntico, que viaja para aprender e assim melhor compreender a vida e o mundo, Germano não esquece a terra natal. Possuído de um profundo espírito critico, está muito bem atenado com a ordem do Universo. Escreve frases lindas como esta: “Não só se sofre de tristeza. A alegria pode fazer chorar”. Num passeio à beira-mar, escreveu ele: ”Então comecei a subir com os meus pensamentos, deixando o corpo lá embaixo” - Que transcendência!

Fiquemos por aqui. Esse meu galego não existe. Seu livro “Bazar de sonhos”, o livro-neto, me ensinou muita coisa...

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