Velhice não. Maturidade... esta é a designação correta.
Quando uma coisa não presta mais, costuma-se dizer: está velho, jogue fora. Devemos, portanto, substituir o termo velho por maduro. Maturidade, sim, é o estágio privilegiado e que significa, metaforicamente, experiência, sabedoria, paz interior.
Dizia minha mãe, que deixou este mundo centenária, que quem estraga a velhice é o velho, com o seu desleixo, seus medos, seus apegos às coisas, principalmente ao passado.
O maduro é aquele que já subiu a montanha e que, lá do alto, fica contemplando os que ainda estão lá embaixo.
Maturidade é tranquilidade. Angústia, depressão, correria, pressa, estresse, tudo isso fica para os que ainda estão escalando o monte.
Não tenho nenhuma inveja dos moços, dos imaturos. Jamais gostaria de engatar uma marcha à ré no tempo.
Velho é quem se julga. Estive agora mesmo lendo uma entrevista do arquiteto Oscar Niemeyer, que já passou dos 100 e disse que nos seus próximos projetos irá cada vez mais à procura das curvas... Eis aí um exemplo de maturidade existencial.
Maturidade é sabedoria, é experiência. É alegria interior, alegria do dever cumprido, paz de espírito e um certo desdém para os que estão chegando ao mundo... Que pena eu tenho deles!!!