Os antigos exaltavam quatro coisas da natureza: a terra, o ar, o fogo e a água. Todos esses elementos são imprescindíveis em nossas vidas. Mais do que isso. Eles nos ensinam muita coisa.
Vamos por partes. A terra é o nosso grande manancial. Eu diria que ela simboliza a mulher, que recebe a semente do homem e em troca dá a vida. Graças à terra é que chega à nossa boca o alimento de cada dia. Olhe a sua mesa, na refeição matinal: tudo vem da terra, desde as frutas, as verduras, o pão, o feijão, o leite. A terra simboliza a estabilidade, a paciência, a humildade.
Chegou a vez do ar, que, agitado, produz o vento. O vento que ajuda na germinação das plantas, que alegra a paisagem, que limpa a sujeira da atmosfera, que faz as árvores dançarem, que, quando revoltado, se transforma num furacão. O vento simboliza a vida, já que vida é movimento.
E o fogo? Quanta violência! O fogo tanto pode simbolizar a paixão, a violência, e o ódio. Mas na luta entre o fogo e a água quem sai ganhando é água, assim como entre o ódio e o amor, quem termina vencedor é o amor
A água. talvez seja o mais importante elemento da natureza. O seu fluxo constante permite a existência da vida. É ela que nos hidrata, que torna habitável o planeta em que vivemos. Hoje está no estado líquido formando mares, chuva, rios e lagos, amanhã já não a veremos mais. Vaporizou-se. Espiritualizou-se. Eis a razão de não a vermos, assim como acontece com o espírito. Mas, depois, esse espírito se materializa, tornando-se visível aos nossos olhos. É quando a água vira gelo, isto é, se solidifica.
E vem agora esta lição: em estado sólido, a água é espírito encarnado. Mas não demora muito esse estado de vapor da água. Do ventre das nuvens, ela desce até nós em forma visível, isto é, em forma de chuva para ajudar a terra a produzir.
Os antigos tinham razão. Esses quatro elementos são verdadeiros símbolos . Todos necessários à nossa vida. Mas, de todos, repito, o que mais me ensina é água pela sua inconstância, sua constante transformação.