Dizem que o filósofo e matemático Blaise Pascal toda vez que contemplava a imensidão cósmica, sentia um medo místico. Aquele universo silencioso o maravilhava. Afinal, quem somos nós diante de tão majestoso espetáculo?
A propósito, o cosmólogo Stephen Hawking, sucessor de Newton na prestigiosa universidade de Cambridge, num de seus livros, “O Universo numa casca de noz”, tece um verdadeiro hino a essas grandezas que nos cercam e elucidam as novas teorias científicas. O título dessa obra foi inspirado numa frase do Hamlet de Shakespeare que diz o seguinte: “Oh Deus! Eu poderia ficar preso em uma casca de noz e, ainda assim, considerar-me o rei de territórios imensos, se não tivesse sonhos maus”.
A casca de noz da nossa consciência comporta muito bem o Universo. Tanto há o infinitamente grande como o infinitamente pequeno. Aliás, vale aqui lembrar que o Universo, há muito tempo que deixou de ser uma máquina, como ensinava Newton. Ele é concebido, agora, como um pensamento, segundo a visão de Einstein.
Sabe-se que a Física nuclear espiritualizou a matéria, que nada mais é do que energia solidificada. Assim como a água se transforma, ora em gelo, ora em liquido, ora em vapor, o mesmo ocorre com a matéria. Mas há ainda os que batem no peito dizendo: “sou materialista”. Eis aí uma estúpida, obsoleta e anticientífica afirmação.
Não existe matéria, minha gente. O que existe é a energia, o espírito, que tudo cria, que tudo domina, que tudo vivifica, que tudo domina. Abaixo as nossas petulâncias, os nossos orgulhos bobos, a nossa ausência de humildade. Humildade que não é subserviência, mas sabedoria. Sabedoria que nasce da experiência. Sabedoria tão bem expressa naquela frase de Emmanuel: “Humildade é a conscientização da nossa pequenez diante do Universo infinito”.