João Pessoa era uma cidade calma. Sempre teve muitos carros, mas o trânsito era relativamente tranquilo. Os engarrafamentos o...

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João Pessoa era uma cidade calma. Sempre teve muitos carros, mas o trânsito era relativamente tranquilo. Os engarrafamentos ocorriam em alguns trechos próximos à BR, nos acessos aos bairros mais distantes e às praias de Cabedelo, durante o verão. Trânsito parado só em dias de festas no final de ano, show na orla ou algum acidente. Aqui, os congestionamentos viraram rotina e acontecem a qualquer hora do dia e parte da noite.

  Poeira também é poesia Poeira de estrelas Tão poético, e a Vassoura vai varrendo Indiferente, e atando Todo o lixo da casa. ...

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Poeira também é poesia
Poeira de estrelas Tão poético, e a Vassoura vai varrendo Indiferente, e atando Todo o lixo da casa. Na beira da mesa a lesma A mesma esconde a eira Areia de praia que ensaia Soltar as raias por essa casa Me arrasa, tua cauda rasa A minha asa tão só, cantando...

Ideto, um japonesinho muito esperto, foi meu parceiro nos tempos de escola primária. Já andei contando por aqui algumas coisas dele. D...

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Ideto, um japonesinho muito esperto, foi meu parceiro nos tempos de escola primária. Já andei contando por aqui algumas coisas dele. Dele e de Dona Zuleika, uma cigana sessentona, que vivia na granja de Ideto como agregada. Esse meu camarada, de quem não soube mais, nem se vivo ainda está, vai se fazer presente nas linhas seguintes.

Quando Solha anuncia a gestação de um novo livro – nos últimos anos ele tem optado por escrever poesia, poesia de alto nível –, aument...

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Quando Solha anuncia a gestação de um novo livro – nos últimos anos ele tem optado por escrever poesia, poesia de alto nível –, aumenta a expectativa na espera de sua publicação.

Camões diz num soneto que o mundo é feito de mudanças. Isso contraria o Eclesiastes, para o qual não há nada de novo sob o sol. O m...

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Camões diz num soneto que o mundo é feito de mudanças. Isso contraria o Eclesiastes, para o qual não há nada de novo sob o sol. O mais prudente é chegar a um equilíbrio e reconhecer que as coisas mudam para permanecer iguais. Ou se tornam iguais a cada vez que mudam.

Morre lentamente quem não respeita seus sonhos latentes, coloridos e esfuziantes de intensa emoção, que podem ser frequentes. Quem n...

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Morre lentamente quem não respeita seus sonhos latentes, coloridos e esfuziantes de intensa emoção, que podem ser frequentes. Quem não vira a mesa nem desiste da mesma vidinha insossa de ontem não vive a oportunidade de estar em outro lugar. Fica plantado por sua exclusiva decisão. Perde a chance de colher um fruto doce e glorioso, de comer uma bela refeição servida a quatro mãos, de gente que o ama.

A violência é um fenômeno que é analisado sob conceitos individuais, sociais, culturais e biológicos. Ela é frequentemente entendida c...

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A violência é um fenômeno que é analisado sob conceitos individuais, sociais, culturais e biológicos. Ela é frequentemente entendida como uma agressão física ou verbal direcionada a uma pessoa, a si mesmo ou ao ambiente, e se manifesta de forma estrutural ou simbólica. A estrutural está nos sistemas que perpetuam desigualdades e exclusões.

A brisa fria do outono sopra folhas sobre o jardim. Olho em torno e tudo hoje me parece um pouco despedaçado. Busco algum conforto ...

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A brisa fria do outono sopra folhas sobre o jardim. Olho em torno e tudo hoje me parece um pouco despedaçado. Busco algum conforto em um poema de W. H. Auden – As I Walked Out One Evening – sobre o momento em que a verdade faz desmoronar as ilusões. O instante em que nosso verdadeiro eu, despojado de máscaras, se revela. Recorro a esse poema enquanto penso sobre a euforia desmedida da vitória e o desespero sombrio da derrota.

Foi-se há poucos dias, aos 78 anos, Carlos Aranha, jornalista, escritor, compositor e agitador cultural, entre outras atividades e o...

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Foi-se há poucos dias, aos 78 anos, Carlos Aranha, jornalista, escritor, compositor e agitador cultural, entre outras atividades e outros talentos. Antes de tudo, um inquieto, sempre em movimento, sempre fazendo “artes”, no bom sentido, como se dizia antigamente das crianças peraltas. E no caso de Aranha a palavra “artes” tem tudo a ver, pois ele foi essencialmente um artista, uma ampla vocação de artista, plenamente realizada ou não, não importa.

Nunca vi uma pessoa para gostar tanto de café quanto eu. E isso, desde criança. Quando voltávamos do curral, depois de tomar o leite...

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Nunca vi uma pessoa para gostar tanto de café quanto eu. E isso, desde criança.

Quando voltávamos do curral, depois de tomar o leite no "pé da vaca", me deitava esperando a casa acordar e o movimento da cozinha começar, não por sentir fome, mas pela hora da liberdade. Depois do café, podíamos sair para brincar. Era a hora de mergulhar num mundo mágico, só visto

A energia de Carlos Aranha contagiou todos na noite em que lançou na Academia seu livro, “Nós / an insight” (poesia). Contagiou pri...

carlos aranha jornalismo cultural paraibano
A energia de Carlos Aranha contagiou todos na noite em que lançou na Academia seu livro, “Nós / an insight” (poesia). Contagiou principalmente a casa, que viu gente nova, de outras cogitações e auditórios, ocupando as cadeiras e reclamando a falta de espaços. Contagiou a crítica do acadêmico Hildeberto Barbosa, que foi da análise literária ao fervor poético.

Os primeiros hominídeos surgiram na Terra entre três e um milhão de anos atrás, mas o espécime do que se convencionou chamar de h...

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Os primeiros hominídeos surgiram na Terra entre três e um milhão de anos atrás, mas o espécime do que se convencionou chamar de homem moderno data de 200 a 400 mil anos atrás, com os Neanderthalis (extintos há 30 mil anos) e outras espécies.

Numa chuva como esta é comum que alguém se sinta um pouquinho entristecido. Pois costuma se dizer que do frio possa vir o que cha...

poesia chuva germano romero
Numa chuva como esta é comum que alguém se sinta um pouquinho entristecido. Pois costuma se dizer que do frio possa vir o que chamam depressão. Em verdade, convenhamos, há uma certa nostalgia neste céu que lacrimeja, a tudo umedece e aos poetas enternece.

Os pedagogos modernos, normalmente pouco conhecedores da norma culta e, portanto, contrários a ela, combatem os professores de portu...

lingua portuguesa gramatica linguistica
Os pedagogos modernos, normalmente pouco conhecedores da norma culta e, portanto, contrários a ela, combatem os professores de português que ensinam gramática, sob a alegação de que estes estão oprimindo os alunos, ao impor-lhes um falar estranho em substituição ao seu próprio saber linguístico, e inibindo-lhes a criatividade ao exigir deles, nas redações, a “linguagem dos opressores”. Ora, não existe um saber das classes dominantes, mas apenas o saber, tout court, sem adjetivações. Quem sabe detém o poder porque sabe, não porque é apenas poderoso. É o saber que leva ao poder e não o poder que dita o saber.

Em 02 de maio de 1997, falecia Paulo freire. A obra PEDAGOGIA DA INDIGNAÇÃO traz os últimos escritos de Paulo Freire organizados após ...

cortella paulo freire educacao
Em 02 de maio de 1997, falecia Paulo freire. A obra PEDAGOGIA DA INDIGNAÇÃO traz os últimos escritos de Paulo Freire organizados após a sua morte pela sua viúva e pedagoga Nita Freire.

A Mirabeau e Suely Dias Encontrava-me em Braga , em pleno Sábado de Aleluia, quando, diante da Igreja de Santa Cruz, deparei-me com...

dante divina comedia
A Mirabeau e Suely Dias

Encontrava-me em Braga, em pleno Sábado de Aleluia, quando, diante da Igreja de Santa Cruz, deparei-me com o dístico latino, insculpido em seu frontispício: