GLOSA
Da morte não tenho medo
Acontecer é normal
Pois ninguém é imortal
Pode chegar tarde ou cedo,
Vou lhe contar um segredo,
Não faço por fantasia
Quando chegar o meu dia
Faço um pedido paterno
PEÇO QUE MEU SONO ETERNO
ACONTEÇA EM SERRARIA
Cheguei ao mundo disposto
Assistido por parteira
Era uma quinta-feira
Vinte e sete de agosto
Fui logo mostrando o rosto
Com "choro" de alegria
Quem tava junto sorria
Nesse momento fraterno
PEÇO QUE MEU SONO ETERNO
ACONTEÇA EM SERRARIA
Foi aqui que me criei
Até me tornar rapaz
Com carinho dos meus pais
No lugar que sempre amei
Jamais me esquecerei
Das horas de alegria,
De sonhos de fantasia
Com um amigo fraterno
PEÇO QUE MEU SONO ETERNO
ACONTEÇA EM SERRARIA
Com paciência notória
Pode demorar bom tempo
Pressa? Só se tiver sofrimento
Para antecipar a hora!
Enquanto tiver memória
E puder contar história
Eu digo com nostalgia E meu pedido externo
PEÇO QUE MEU SONO ETERNO
ACONTEÇA EM SERRARIA
Roberto Cavalcanti é empresário, agricultor e poeta