XX
Implacável: explodo.
Incorpórea: impolodo.
Acolho irrupções cíclicas
ao ventre,
a cada novo evento:
subverto
centros gravitacionais,
saliva volátil
pólvora negra
molotov lírico
língua estopim.
XXVI
Um corvo cantará
no dia do nosso
casamento.
Uniremos corpo e vida
ao grito prometeico
de quem diz estar
para sempre atado.
Fígado exposto,
feridas abertas
vertendo o rubro
amor
de quem se dá
cru
à presa.
XXVII
Há
um pássaro negro
empoleirado
em minha
garganta.
Implacável: explodo.
Incorpórea: impolodo.
Acolho irrupções cíclicas
ao ventre,
a cada novo evento:
subverto
centros gravitacionais,
saliva volátil
pólvora negra
molotov lírico
língua estopim.
XXVI
Um corvo cantará
no dia do nosso
casamento.
Uniremos corpo e vida
ao grito prometeico
de quem diz estar
para sempre atado.
Fígado exposto,
feridas abertas
vertendo o rubro
amor
de quem se dá
cru
à presa.
XXVII
Há
um pássaro negro
empoleirado
em minha
garganta.
Os poemas desta publicação fazem parte do livro “Harpia“, com prefácio do poeta Sérgio de Castro Pinto
Aline Cardoso é professora e poeta