A gente fica absorto quando contempla o firmamento, com suas galáxias, provando a existência de Deus. Sim, como admitir um Universo criado pelo acaso? Nada sai do nada. Bem define O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec quando respondendo à pergunta: “O que é Deus?” A resposta veio incisiva: “Deus é a inteligência suprema do Universo, causa primária de todas as coisas”. Daí se deduz que o homem é apenas uma causa secundária de todas as coisas.
Mas, voltando ao Universo, o grande Pascal se abismava quando contemplava o firmamento, sobretudo à noite. Mas há outras evidências provando a existência divina. O próprio homem é uma comprovação, o homem e o seu corpo, que é um universo em miniatura. Há trilhões de estrelas no céu e trilhões de células no nosso corpo.
Aí você indaga: e qual a razão do título deste texto? Ora, é porque a prova da existência de Deus não está apenas no firmamento, no nosso corpo, mas nas frutas. E minha boca já começa a se encher d'água só em me lembrar de uma gostosa manga, a fruta que mais marcou presença na minha infância. Fui um menino de sítio, que era o meu paraíso, o paraíso de minha infância. No sítio havia tudo que era de fruta.
Eis algumas delas: manga, banana, abacate, jaca, melancia, cacau – donde sai o chocolate – laranja, goiaba, pitomba, oliveira, jenipapo – com seu cheiro de sovaco – groselha, pitanga, coco, fruta-pão, abricó, quanta variedade, meu Deus do céu!... Quanta diversidade de gosto e de caroços. O abacate com apenas um, enquanto a jaca e a melancia ostentam uma imensidade de caroços. E vem a indagação: por que a banana não tem semente, enquanto a laranja tem uma enorme variedade delas? Mais outra singularidade que mexe com a cabeça do cronista: a casca. Que diferença entre a casca de uma jaca e de uma pera. E o coco, o gostoso coco, com sua água saborosa?
Como vê o leitor, as frutas, com suas diversidades de sabor, de cascas, de sementes, provam a existência de um criador supremo.
A própria Natureza com sua magnificência é uma prova eloqüente da existência divina. Frutas que caem, frutas que não caem. E graças à queda de uma maçã é que o físico Newton descobriu a lei da gravitação.
As frutas.... O nosso país é tão pródigo em frutas! Em país nenhum, dos que visitei, vi tanta variedade frutífera como aqui no Brasil. Aqui a gente vê meninos vendendo frutas em pleno trânsito. Que maravilha.
Como são pobres em frutas os outros países. Pera, maçã, uvas, caqui, e só.
Voltando à digressão a propósito das provas da existência divina, considero as frutas como uma delas. E o que mais me impressiona é o fato de Deus haver criado uma melancia, com milhares de caroços, enquanto a banana é só massa.
Ah, meu querido Pascal, por que não detiveste o olhar nas frutas, que homem nenhum criará?...
E antes de sair do computador, obra do homem, vou ali saborear uma saborosa fruta, obra de Deus.