Antes de decidir, aceite o oposto como algo concreto, e não apenas como o contra para tua escolha.
O escuro não é algo da tua imaginação, muito menos o claro.
A vida possui dois lados, dois pontos de vista e dois referenciais.
A moeda possui dois lados: cara e coroa
Fato!
Desde 1863, ano em que foi inventado o futebol na Inglaterra, essa prática vem sendo utilizada. Mesmo que existam uma grande variedade de modernidades aplicadas aos esportes, o “cara ou coroa” continua valendo. Continua decidindo. Continua sendo aceito como resultado justo. O vento decide? A sorte contribui? “Não sei, só sei que é assim.”
Nosso universo é formado com a minha e, com igual proporção, a tua forma de encarar o viver. Sempre serão duas, jamais uma.
Elas podem nos levar para a mesma direção, podemos estar num mesmo vagão do mesmo trem, no entanto precisamos de dois assentos, com distintas visões, diferentes fins, apesar de dividirmos a mesma janela teremos resultados distintos.
Tudo que construirmos dependerá da maneira que encaramos os resultados do nosso plantio.
Dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Fato!
Inexiste apenas uma, um.
Duas verdades
Dois destinos
Duas expectativas
Dois caminhos
Duas consequências
Dois corações
Duas vontades
Dois resultados
Duas respostas
Dois entendimentos
Duas realidades
Dois interiores
Duas necessidades
Dois desassossegos
Duas ansiedades
Dois passados
Duas existências
Duas … Dois …
Indiscutivelmente existirão pela eternidade duas, dois… a minha e a tua visão sobre ações e resultados, o meu e o teu agir sobre o fim, a consequência.
Fato!
Engana-se quem acredita que sem as diferenças o “um” possa existir.
Para ter algo inteiro e único, é necessário que dois sobrevivam … que duas subsistam.
Ao abrir mão das nossas essências para ter, manter e perpetuar aquilo, ou aquele, que no momento nos parece ser o correto, o perfeito e até o mais completo; quando acreditamos que nada falte, e o que se tem é o bastante para sermos melhor conosco e com o outro, estamos esquecendo do pequenino “eu”.
Aquele “eu” …aquele que é, na verdade, a essência de nós mesmos. Ele existe para ser maior e melhor a cada dia do nosso transitar. Na maioria das vezes esquecemos de dar-lhe o alimento correto e com isso vamos deixando-o incorporar o estado “Gasparzinho”, imperceptível ao nosso próprio olhar.
Por vezes deixamos nossa chama tão invisível, mas tão invisível, que só enxergamos a que vem do outro, dos outros.
Porém, se permitirmos, ela será vista pelo coração de quem verdadeiramente nos ama.
Quem nutre sentimentos nobres por nós é capaz de enxergar, a olho nu, nossa dolorida invisibilidade.