Biografia do autorBert Jr. é natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sua estreia na ficção ocor- reu com Fict-Essays e contos mais leves (ed. Labrador, 2020).
Bert Jr.
No ano seguinte, publicou seu primeiro livro solo de poesia: Eu canto o ipsilon E mais (ed. Labrador). Em 2022, lançou um segundo livro de contos, Do incisivo ao canino (ed. Versiprosa), assim como um novo volume de poesia, intitulado Nevoandeiro (ed. Kotter). Publicou outros dois livros em 2023: Vi & Verei, de poemas curtos, frases e axio - mas, e Sem pé com cabeça - cronicas do seculo 21, ambos pela editora Labrador. Antes do fim do riso é sua obra de estreia como romancista.
Sinopse:Para quem nunca viu, nem ouviu falar, eis aqui uma distopia humorística, temperada com inconfundível sabor brasileiro. Num futuro próximo de um país nunca nomeado (qual será?), o humor se torna a causa de todos os males de uma sociedade pós-pandêmica, ainda abalada pela perda de cinco milhões de vidas. O riso favoreceria, de fato, a propagação dos vírus? As
Denis Agati
gargalhadas abalariam a estabilidade das instituições? O bom humor seria prejudicial ao incremento da produtividade econômica?
Neste cenário curioso, a brigada anti-humor, liderada pelo temível Capitão Genus Miliblaster, dedica-se fervorosamente a erradicar qualquer forma de humor, numa batalha que beira a insanidade. É contra esse pano de fundo que o professor de literatura Risolindo Spaglioleo se destaca, realizando um trabalho humanitário em um grande hospital, que é encarado com desconfiança pelas autoridades vigentes. Sua missão é despertar alegria em pacientes sob cuidados paliativos, o que o coloca na mira do poder como um suposto agitador subversivo. Antes do fim do riso é uma reflexão instigante sobre a potência do humor, com seus diferentes graus e estilos, tanto para o desfrute pleno da vida quanto para a atividade crítica do espírito.
Comentário sobre a obra
Uma obra que apresenta uma metáfora forte em relação a luta entre a seriedade opressora e a liberdade do humor. A facção anti-humor, que tenta controlar a expressão e o riso, representa simbolicamente sistemas políticos que geralmente quer reprimir a individualidade e a criatividade. O surgimento do humor, comparado ao renascimento da vegetação após o inverno, sugere uma força vital que se recusa a ser extinguida, refletindo o desejo humano por liberdade e leveza.
Essa inovação do humor desafia a facção no poder, e ainda questiona a própria natureza da seriedade que a sociedade aparenta . A urgência em acabar com o fenômeno mostra o medo da elite governante em relação à possibilidade de que o humor possa trazer uma maior crítica social e subversão das normas impostas.
Assim, a obra se torna uma reflexão sobre a importância do humor como forma de resistência e um elemento essencial da vida humana, ressaltando que a capacidade de rir é fundamental para a saúde cultural de uma sociedade. Essa crítica à repressão e à seriedade absoluta nos convida a valorizar o riso e a expressão livre em meio a contextos desafiadores.
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